Sobre o CNJT
O Comité Nacional do Jovem Trabalhador (CNJT) é um Comité especializado da OTM-CS criado especificamente para promover o associativismo juvenil na OTM-CS, nos sindicatos nacionais filiados bem como salvaguardar os direitos e interesses específicos nas relações laborais.
A génese das associações de jovens em Moçambique é diversificada. Embora a génese seja diversificada, são notáveis referências comuns, aparecem como redes de indivíduos e pequenos círculos sociais surgidos nas igrejas, escolas e bairros onde os jovens habitam; mais tarde estes transformam-se em agrupamentos institucionalizados à procura de reconhecimento ou dos poderes públicos ou dos organismos doadores que querem os apoiar. A institucionalização destes agrupamentos associativos segue quase o mesmo modelo, o encorajamento feito pelo Estado e ONGs internacionais.
Embora não exista um modelo único sobre a vocação destas associações, a tendência global é que estas apostam na pluriactividade.
Emergem como grupos envolvidos em movimentos culturais e recreativos e mais tarde se tornam em organizações que apostam na transformação do meio sócioeconómico em que estão envolvidos, agindo na interface entre os doadores e o público-alvo das suas intervenções, em áreas temáticas hegemónicas nas agendas e mercado da ajuda ao desenvolvimento, nomeadamente formação e integração social, promoção da equidade de género, HIV e SIDA, direitos humanos, entre outros.
De uma maneira geral, a adesão dos jovens às associações tem uma relação estreita com as suas trajectórias individuais, com o contexto sócioeconómico no qual estão inseridos e com o seu potencial em estabelecer redes de interação.
Porquê os jovens se engajam em associações e qual é o sentido que eles dão a esta acção?
A literatura sobretudo nos países ocidentais mostra que as associações são fundadas e organizadas em volta de objectivos e projectos a longo prazo ou duradoiros (Caillé, 1998; Laville, 1998; Sainsaulieu, 1996).
Existem autores que com essas características revelando que, pelo contrário, na actualidade os cidadãos e mais particularmente os jovens aderem a uma associação porque se interessam por uma acção específica – e consequentemente têm motivações específicas – limitada no tempo e no espaço e que se espera que tenha resultados concretos imediatos (Gillet, 2001).
Os jovens participam nas associações se eles estiverem satisfeitos com os resultados e se interessarem pela etapa seguinte, dai a vantagem da concepção de estratégias de intervenção para um determinado horizonte temporal.
Para o próximo quinquénio para o CNJT, reinará mais “pragmatismo” que o “idealismo” porque dará mais adesão ao associativismo no seio do movimento sindical. Nas políticas da OTM-CS sobre o associativismo juvenil demostra que a estruturação do CNJT deve se fazer em volta de uma identidade partilhada e que a participação nessas actividades significa contribuir para a realização de uma obra colectiva.
Os altos índices de desemprego em Moçambique tem contribuído para a fraca adesão ao movimento sindical em particular para os jovens parte-se do pressuposto que os jovens que estão empregues não querem confrontar o empregador na luta contra o emprego precário com medo de perder o seu emprego.
Em Moçambique a expectativa de vida é de 58 anos e a idade de admissão ao emprego é de 16 o que nos leva a concluir que grande parte força de trabalho ronda dos 17 aos 35 anos de idade sendo esta força de trabalho ainda não está organizada para lutar por uma justiça social e condições de trabalho dignas. O presente Pano Estratégico complementa e operacionaliza o Plano global da OTM-CS aprovado pelo VII Congresso; porem, com um foco específico para os jovens.