
Pan-African Progressive front
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October 21, 2025
OTM-CS saúda os 80 Anos da Adoção da Declaração de Manchester (1945): O PPF Leva a Tocha Adiante. Há oitenta anos, na cidade de Manchester, Inglaterra, nascia uma revolução de ideias. Há oitenta anos, começava uma batalha.
De 15 a 21 de outubro de 1945, mais de duas centenas de delegados, combatentes pela liberdade, sindicalistas, intelectuais e estudantes reuniram-se para o histórico 5º Congresso Pan-Africano. Foi aí que foi assinada a Declaração de Manchester, dando início às lutas de libertação que libertariam o continente africano do domínio colonial.
O Congresso marcou um ponto de viragem na história pan-africana. Sob a liderança e orientação de visionários como Kwame Nkrumah, W.E.B. Du Bois, George Padmore, Jomo Kenyatta e Amy Ashwood Garvey, o encontro clamou pelo fim imediato do colonialismo, pela autogovernação dos territórios africanos, pelos direitos dos trabalhadores, pela igualdade racial e pela unidade continental. Não foi apenas uma conferência; foi um apelo às armas pela justiça, dignidade e liberdade.
As resoluções adoptadas em Manchester em 1945 deram rumo ideológico e político à geração que desmantelou impérios coloniais em África e nas Caraíbas. A sua mensagem era clara: “O povo de África está determinado a ser livre”.
80 anos depois, a luta continua. Hoje, a Frente Pan-Africana Progressista (PPF) mantém-se como portadora desse mesmo espírito revolucionário. A batalha que começou em Manchester há 80 anos continua, desta vez, não contra os senhores coloniais, mas contra a dependência neocolonial, a desigualdade económica e a busca inacabada da plena soberania africana.
Nas mãos da geração atual está o dever sagrado de completar o que os heróis de 1945 iniciaram: construir um continente autossuficiente, unido e justo. A PPF acredita que o pan-africanismo deve agora evoluir da libertação política para a independência económica e ideológica, onde a riqueza de África sirva o seu povo em primeiro lugar.
azendo também eco, Kwesi Pratt Jr., membro do Comité de Coordenação do PPF, enfatizou que “os africanos devem possuir e explorar os seus recursos para seu próprio benefício”.
Ao celebrarmos este 80º aniversário, somos recordados de que a luta pela liberdade africana não terminou com a independência; apenas mudou de forma. Falando sobre a importância deste momento, o Dr. Eric Don Arthur, membro do Comité de Coordenação do PPF, afirmou:
“Estamos a abrir caminho para a unificação e a criação imediata de um governo continental em África: ‘Continente Africano UNIDO’”.
Para celebrar este marco, a Frente Pan-Africana Progressista (PPF) acolherá uma Conferência Internacional das Forças Progressistas Pan-Africanas em Comemoração do 5º Congresso Pan-Africano, em Manchester (1945).
Este encontro, subordinado ao tema “Da Memória Histórica à Justiça Económica e Política”, reunirá líderes, activistas, académicos e movimentos de toda a África e da diáspora. A conferência não só celebrará a história, como também forjará uma agenda orientada para o futuro para a próxima fase da luta pan-africana, centrada na unidade, reparações, autodeterminação e desenvolvimento sustentável.
Há oitenta anos, Manchester declarou que África deve ser livre.
Oitenta anos depois, Acra declara que África deve ser soberana, unida e próspera. A tocha foi passada e vamos levá-la em frente com coragem, sabedoria e um compromisso inabalável com a África que merecemos
Em solidariedade – OTM-CS & SINTIME/MOZAMBIQUE